terça-feira, 20 de março de 2012

8.º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO - 2012

Vinte e Sete - Festival Internacional de Teatro

A oitava edição do Vinte e Sete – Festival Internacional de Teatro tem como principais destaques as actuações de duas das mais importantes actrizes portuguesas: Eunice Muñoz (que regressa aos teatros transmontanos numa altura em que se celebram os 70 anos da sua carreira) e Maria do Céu Guerra (com a peça D. Maria, a Louca).
Como é hábito, a programação do festival procura ir ao encontro de diferentes públicos e inclui companhias relevantes do panorama nacional, como por exemplo o Teatro da Garagem e o Teatro Meridional, juntamente com uma proposta oriunda de Espanha, dirigida ao público infanto-juvenil e às famílias. Também destinado às famílias, será apresentado o cine-concerto Fil’Mus, uma divertida produção que evoca e musica ao vivo clássicos da publicidade, da animação e do cinema.
O humor é a nota dominante nas peças, um humor que diverte mas que também encerra diferentes reflexões sobre os tempos que vivemos, como de resto é função da arte: questionar e fazer-nos questionar.
O público escolar foi incluído no roteiro deste ano através de leituras encenadas, que decorrerão nos próprios estabelecimentos de ensino interessados pela mão da Peripécia Teatro.
Aos vinte e dois espectáculos que constituem o cartaz, soma-se a realização de workshops, conversas com o público, visitas guiadas e uma feira de objectos culturais da região.
O Vinte e Sete é uma organização do Teatro de Vila Real e do Teatro Municipal de Bragança, decorrendo de 27 de Março a 27 de Abril.


Veja aqui o calendário.
Sexta e Sábado, 30 e 31 de Março | Teatro Municipal de Bragança | 21h30
O Mundo Em Que Vivemos
Teatro da Garagem

O Mundo Em Que Vivemos é uma experiência de teatro que parte de objectos inquietos e memoráveis, de natureza escultórica, criados por Carlos J. Pessoa.
Os objectos não são adereços, mas cicatrizes no espaço cénico, que respiram memórias, sussurram vozes e instalam uma reflexão sobre a vida, a que vivemos e a que gostaríamos de viver, a função do teatro, a anomia e cepticismo contemporâneos e a utopia. O jogo de contracena entre objectos e actores define uma excentricidade para o teatro que é a melhor posição para a sua afirmação enfática como não-poder.

Texto, Encenação e Cenografia Carlos J. Pessoa
Interpretação Ana Palma, Fernando Nobre, Maria João Vicente, Miguel Mendes, Nuno Nolasco e Nuno Pinheiro
Apoio à dramaturgia David Antunes
Assistência de cenografia e figurinos Sérgio Loureiro
Música Daniel Cervantes
Desenho de Luz Miguel Cruz
Vídeo e Fotografia Teresa Azevedo Gomes
Operação de Vídeo Nuno Nolasco e Nuno Pinheiro
Direcção de Produção Maria João Vicente
Produção Catarina Mendes, João Belo e Teresa Azevedo Gomes

Público-alvo: M/12 anos
Bilhetes: 5 euros


Sexta, 30 de Março | Teatro de Vila Real | 33h00
ESPECIALISTAS
Teatro Meridional

Nas sociedades contemporâneas proliferam os Especialistas. Eles trabalham arduamente no sentido de clarificarem as causas de acontecimentos nas suas áreas de competência, fechando-as em linguagens e técnicas só por eles dominadas, fazendo-nos crer que só têm acesso a esse conhecimento os iniciados nessa mesma área de intervenção, na qual são insubstituíveis, tudo explicando e mantendo a inviolabilidade e inacessibilidade dos seus conceitos. Perante tal aura de mistério, o comum dos mortais sente-se naturalmente demitido, por não se encontrar na posse de tão complexa competência. E “as suas palavras” são cada vez mais, as palavras de ordem da democracia.
A preparação de comunicações especializadas será o pretexto para se falar deste mecanismo das sociedades actuais, que torna o exercício da democracia num fenómeno muito parecido com a ordem das ditaduras.

Encenação: Miguel Seabra
Dramaturgia: Natália Luíza
Interpretação: Emanuel Arada, Filipe Costa, Rui M. Silva

Classificação etária: M/12
Duração: aprox. 60 min.
Bilhetes: 7 euros (normal) | 5 euros (com descontos)

Sábado, 31 de Março | Teatro de Vila Real | 22h00
Sexta, 13 de Abril | Teatro Municipal de Bragança | 21h30
Fil’mus
Filme (e não só) musicado ao vivo

Um divertimento para toda a família.

A fusão de uma sessão de cinema com o universo televisivo permite reavivar memórias, reviver momentos que estavam no baú do esquecimento. Acolhido com um sorriso musical, o público desliga o telemó­vel ao som do célebre “tou xim” e, antes que se aperceba, já cantarola jingles inesquecíveis. É então lançado numa vertiginosa odisseia pelo tempo, passando por agen­tes secretos, intrépidos aventureiros e personagens memo­ráveis e desembocando no barco a vapor onde se estreou o rato mais famoso do mundo. Por fim, mas não por último, vê-se e ouve-se Chaplin, numa peça que, entre risos e emoções, prende a assistência até ao acorde final. Quem assiste sai da sala com vontade de segurar cadeiras com os dentes, cantar a plenos pulmões e traulitar excertos musicais memoráveis que teimam em ficar no ouvido e na retina.

PROGRAMA:
1. Introdução 2. Publicidade 3.Brevemente Num Cinema Perto de Si” 4. Steamboat Willie”, de Walt Disney 5. Rua da Paz”, de Charlie Chaplin.

Nuno Silva – acordeão
Miguel Cardoso – contrabaixo
André Cardoso – guitarra
Rui Lúcio – percussão
Manuel Maio – violino
Concepção e direcção: Miguel Cardoso
Produção: ACERT


Duração: aprox. 50 min.
Público-alvo: Todos
Bilhetes Vila Real: 7 euros (normal) | 5 euros (com descontos)
Bilhetes Bragança: 6 euros
Quarta, 4 de Abril | Teatro Municipal de Bragança | 21h30
Sexta, 6 de Abril | Teatro de Vila Real | 22h00
D. Maria, A Louca
A Barraca
Maria do Céu Guerra

A corte portuguesa parte em Novembro de 1807 para o Brasil. Em Fevereiro de 1808 chega à Baía de Guanabara. O príncipe regente não autoriza o desembarque imediato de sua mãe, a rainha louca.
D. Maria é durante dois dias uma rainha fechada no mar e passa em revista o casamento, a morte do filho, a sujeição à igreja, tudo o que foi a sua acção pública e privada, e assusta-se com a chegada a uma terra que viu nascer e morrer Tiradentes, o único homem sobre o qual ela usou o seu “direito de mandar matar”.
D. Maria está louca mas é dona de uma loucura definida de forma magistral: «a loucura não é uma porta que se nos fecha mas muitas janelas que se nos abrem, só que todas ao mesmo tempo». A filha de D. José foi a primeira mulher que ocupou o trono em Portugal. «Uma rainha num reino de homens.»

Texto: Antônio Cunha
Encenação: Maria do Céu Guerra
Elenco: Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes
Direcção plástica, cenografia e figurinos: José Costa Reis

Público-alvo: M/12
Duração: aprox. 100 min.
Bilhetes Vila Real: 7 euros (normal) | 5 euros (com descontos)
Bilhetes Bragança: 6 euros

www.abarraca.com
Terça e quarta, 10 e 11 de Abril | Teatro Municipal de Bragança | 21h30
ÉDIPO
Companhia do Chapitô

Seria Édipo o marido da sua própria mãe ou filho de sua mulher? E os seus filhos, seriam também eles seus irmãos, filhos de sua mulher ou seria a sua mulher avó dos seus próprios filhos? E ainda, seria Creonte seu tio ou seu cunhado?
Édipo reinventado e sem complexos.

Criação colectiva
Direcção artística: José Carlos Garcia
Encenação: Jean Mowat
Interpretação: Jorge Cruz, Marta Cerqueira, Tiago Viegas

Bilhetes: 6 euros


www.chapito.org
Sexta, 13 de Abril | Teatro de Vila Real | 22h00
Adalberto Silva Silva
Um espectáculo de realidade

de Jacinto Lucas Pires

Uma comédia em formato de bolso sobre o desejo, o sonho e os chamados problemas práticos.

Adalberto Silva Silva — um espetáculo de realidade é a alma de Adalberto Silva Silva em formato televisivo. Adalberto é o célebre desconhecido, o triste homem comum, um tipo que de tão normalzinho se apalhaça dos modos mais surpreendentes. Um cidadão que, neste país pobre e maravilhoso, quer juntar-se a uma cidadã para se descobrir por inteiro. Em resumo, a personagem do mais adalbértico dos anti-heróis portugueses sai agora do papel do teatro para o oxigénio da realidade. Uma comédia em formato de bolso sobre o desejo, o sonho e os chamados problemas práticos. É a sério, sim, e é para rir, pois. Para rir a sério?

Texto: Jacinto Lucas Pires
Interpretação: Ivo Alexandre

Duração: aprox. 70 min.
Público-alvo: M/12.
Bilhetes: 7 euros (normal) e 5 euros (com descontos)

Vídeo:
Quinta, 19 de Abril | Teatro Municipal de Bragança | 21h30
Sexta, 20 de Abril | Teatro Municipal de Bragança | 15h00
Sexo em paz
Entretanto Teatro e Cotas em Dia

Sexo em Paz é um texto único que pretende desmistificar a sexualidade de uma forma pedagógica e não convencional.

Texto: Dario Fo e Franca Rame
Adaptação dramaturgia e encenação: Júnior Sampaio
Interpretação: Clara Nogueira e Filomena Gigante

Público-alvo: M/16
Duração: aprox. 50 min.
Bilhetes: 5 euros (2,5 euros para escolas)

Sexta, 20 de Abril | Teatro de Vila Real | 22h00
Sexta, 27 de Abril | Teatro Municipal de Bragança | 21h30
O cerco a Leninegrado
Nos 70 anos de carreira de Eunice Muñoz

Eunice Muñoz comemora os seus 70 anos de carreira com uma obra que é uma comédia “política” e simultaneamente presta uma homenagem a todos os profissionais de teatro.

“O cerco a Leninegrado” é uma divertida comédia e a mais importante obra de José Sanchis Sinisterra. Foi representada com êxito por grandes actrizes um pouco por todo o mundo. Conta a história de duas mulheres que vivem encerradas num velho teatro na cidade e que lutam contra a sua anunciada demolição. É uma obra em que ambas as personagens são testemunhas de uma época que já não existe mas que alerta a nossa sociedade actual para os perigosos tempos que atravessarmos. Os sonhos e as utopias de um mundo melhor estão presentes na relação humana de duas mulheres que nunca se renderão.

Texto: José Sanchis Sinisterra
Direcção: Celso Cleto
Interpretação: Eunice Muñoz e Maria José Paschoal
Tradução: Marta Mendonça
Cenografia: João Cóias
Figurinos: Paulo Julião
Sonoplastia: Fernando Baló
Desenho de luz: Tiago Pedro
Assistente de encenação: Rita Simões
Co-Produção: Câmara Municipal de Oeiras



Público-alvo: M/12 anos
Duração: aprox. 90 mim
Bilhetes Vila Real: 12 euros (preço único)
Bilhetes Bragança: 8 euros
Sábado, 21 de Abril | Teatro de Vila Real | 16h00
Rua Aire
El Retrete de Dorian Gray

Espectáculo de marionetas a partir de balões

“Rua Aire” é uma corrente de ar fresco no panorama teatral de manipulação de marionetas. A experimentação da companhia, baseada na construção de marionetas a partir de balões, culmina com esta viagem pelas entranhas de uma máquina de construção de balões, pelos recantos da fantasia, e demonstrará a todos que não é fácil ser um balão.

Interpretação e criação: Ezra Moreno e Marcos Carballido
Direcção: Jordi Farrés
Produção: Belem Brandido
Co-produção: Centro Dramático Galego / Teatro Villa Molina

Público-alvo: M/6 anos
Duração: aprox. 60 min.
Bilhetes: 3,5 euros (menores de 25 anos) | 5 euros (adultos)


Sexta, 27 de Abril | Teatro de Vila Real | 22h00
As Leis Fundamentais da Estupidez Humana
Al-MaSRAH TEATRO

Por que razão um estúpido é mais perigoso que um bandido?

A nossa vida é pontuada por acontecimentos em que incorremos em perdas de dinheiro, tempo, energia, apetite, tranquilidade e bom humor por causa das improváveis acções de alguma absurda criatura que, nos momentos mais impensáveis e inconvenientes, nos provoca prejuízos, frustrações e dificuldades sem ter absolutamente nada a ganhar com o que fez. Ninguém sabe, percebe ou pode explicar porque é que essa absurda criatura faz o que faz. De facto, não há explicação, ou melhor, há uma única explicação: a pessoa em questão é… estúpida.


Texto: A partir do ensaio Le Leggi Fondamentali Delaa Stupidità Umana, de Carlo Maria Cipolla
Dramaturgia e encenação colectiva
Intérpretes: Bruno Martins e Pedro Ramos

Público-alvo: M/ 12 anos
Duração: aprox. 50 min.
Bilhetes: 7 euros (normal) / 5 euros (com descontos)

Vinte e Sete 2012 - calendário

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